Bairro Jaqueline – Redução no número de funcionários prejudica atendimento em escola municipal

“Somos chatos com a limpeza da escola. Os banheiros estão ficando sujos. A rampa está suja e não tem como manter tudo limpo com a redução no número de funcionários. Isso é uma tortura para nós da direção”. A queixa foi feita por Adriana Lameirinhos, vice-diretora da Escola Municipal Acadêmico Vivaldi Moreira, nesta quarta-feira, (30/10), durante visita técnica que realizamos no local.

Segundo a direção da escola, oito cantineiras e oito faxineiros faziam os serviços de limpeza e alimentação dos alunos. O número foi reduzido para seis, o que de acordo com a direção, é insuficiente e sobrecarrega quem está trabalhando. “Ficamos aqui com três cantineiras e quatro faxineiras para atender a todos os alunos. Tivemos também a redução do número de funcionários da Escola Integrada. Desta forma ou lotamos as turmas ou dispensamos os alunos”, salientou a diretora, Ana Paula Martins, afirmando que já levou o problema para a Secretaria Municipal de Educação (SMED) que, segundo ela, ainda não apresentou solução.

A Escola Municipal Acadêmico Vivaldi Moreira está localizada na Rua Agenor de Paula Estrela, 380, Bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte e atende, em três turnos, 950 alunos, a maioria absoluta de classe baixa ou em vulnerabilidade social, segundo informações da própria direção.  

Juliana Rabelo é gerente da Rede Física da Secretaria Municipal de Educação e acompanhou nossa visita. Segundo ela, a falta de funcionários da MGS, empresa pública do Estado que presta serviços nas escolas municipais da Capital, já está sendo enfrentada pela Prefeitura. “A SMED já notificou e multou a MGS por causa de descumprimento de contrato. Vou levar a situação da escola para a secretaria e ver o que está acontecendo”, informou Juliana que foi questionada pela diretora. “Os funcionários da MGS dizem que a redução foi feita pela própria SMED”, respondeu Ana Paula Martins.

Outras demandas

Outro problema levantado pela direção é a falta de recursos devido ao corte no repasse de verbas por parte da Secretaria de Educação. “Nosso gasto mensal é de R$ 17 mil. Recebemos da secretaria R$ 29 mil para serem utilizados em três meses. A conta não fecha”, disse a diretora, que levou o vereador a todos os espaços da escola. Também houve questionamentos sobre alagamento da quadra por causa das chuvas, rede elétrica inadequada para o tamanho e as necessidades da escola, além da construção de um novo laboratório de informática. “Temos uma sala com apenas 12 computadores. Queremos criar uma sala com 20 máquinas”, disse a diretora. Segundo a representante da SMED, Juliana Rabelo, o pedido já foi encaminhado. “Os computadores vão chegar à secretaria a partir de janeiro. Acredito que em março já estarão aqui com vocês. Este é um problema de toda a rede e que está sendo resolvido pela Educação”, confirmou Juliana.

Encaminhamentos

Iremos encaminhar os pedidos e as reclamações para a Comissão de Educação e para a Prefeitura e fazer uma comunicação direta com a secretária Municipal de Educação, professora Ângela Dalben. Entendo que este é um momento de transição em relação aos funcionários da MGS, mas creio também que já tenha dado tempo de resolver. As crianças têm o direito de ter um acompanhamento de qualidade. A visita também foi acompanhada pelo coordenador de Atendimento Regional Norte, Humberto Guimarães Bernardes.

    • Cláudia Mara da Silva em 8 de fevereiro de 2020 às 16:22

    Tristeza eu trabalhei nesta escola ,e ainda continuo desepregada , tentando uma oportunidade que seu irlan Melo da nós dano pra conseguir um emprego

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